Final Fantasy XIII-2
O jogo que eu mais aguardava este ano, em parte por saber
que seria um jogo em que a Square já não estaria preocupada com o novo motor
gráfico Crystal Tools , seria o jogo em que a historia estaria em destaque, a
historia do depois da queda de Cocoon. O
longo tempo de produção foi importante, pois criar algo desta dimensão demora
tempo e uma equipa enorme para fazer algo maravilhoso. Por um lado temos um
jogo que se pensou que seria exclusivo da Playstation por outro todos os
jogadores têm a oportunidade de jogar um dos melhores jogos desta geração.
Final Fantasy é o J-RPG que fazia falta, é a prova que os
J-RPGS não morreram, apesar de olhar com desagrado para estas novas formas de jogo,
em que somos “capados” de evoluir as personagens, continua a não haver
evoluções de características como a “dexterity”, “luck” ou “MP” esta tentativa
de ocidentalizar os jogos torna os jogos simplistas. Fico com saudades de poder
evoluir as personagens até um máximo de 255, ou escolher a melhor opção de
evolução. O jogo fica fácil, basta um pouco de “Grinding”, e não ficamos preocupados
em qual característica subir, basta ir evoluindo as características
independentemente de quais sejam. Continuamos com o sistema de “ paradox” tal
como no título anterior, em que não há grandes mudanças na forma de combater.
O jogo em si é brutal e o mundo de Cocoon é enorme, tem
conteúdo para dezenas de mini-historias, em que temos que eliminar monstros que
aterrorizam aldeias, ou apanhar lã de uns animais parecidos com ovelhas, é
fantástico como existe tanto para oferecer, num mundo que parecia vazio. É tudo
demasiado fantástico, em parte pela historia de Noel Kreiss e de Serah, em que
quanto mais jogamos mais queremos jogar, perceber o porquê de tudo, porque
Caius quer acabar connosco ou YEUL que "aparece" varias vezes. Quanto mais jogamos
mais sentimos a magia por detrás de Final Fantasy. A forma como viaja no tempo fechando partes
do mundo, descobrindo novos horizontes através da descoberta de artefactos e
abrindo a “Historia Crux” que acontece devido as anomalias temporais. Voltamos
a interagir com Hope, em que Hope tenta construir uma alternativa ao Cristal
que segura Cocoon, Cristal esse que é constantemente ameaçado por diversos
monstros e inimigos, que no futuro destrói o mundo de Cocoon… Entramos numa
nova “Gold Saucer”, já estava com saudades de jogar um mini jogo de corrida de
Chocobos, ou jogar nas máquinas. Podemos tomar varias decisões ao longo das
conversas ou seja os “Live Triggers”, decidimos o que falamos, apesar de não
ter consequências, dá maior liberdade para perceber o que queremos saber. Durante
o jogo temos ainda aliados que nos ajudam, monstros que “capturamos” com as
batalhas que vamos fazendo.
A música é cativante
e a equipa Masashi Hamazu, Naoshi Mizuta, Mitsuto Suzuki, fazem das melhores musicais
alguma vez ouvidas no mundo dos videojogos, quanto mais ouvimos mais vontade dá
de ouvir, até chegar ao ponto de apenas ouvir a música.
O motor gráfico Crystal Tools é fantástico e podemos ver que
leva as consolas ao limite, para limites que não pensei que fossem possíveis,
as combinações de luzes cores é brutal, o detalhe das personagens é gigantesco
e por vezes parece que estamos a sentir o esplendor de um filme quando na
realidade estamos a jogar um jogo.
Estes senhores Motomu Toryama, Yoshinori Kitase conseguiram
criar uma obra-prima em que o Louvre não tem a capacidade para receber esta
obra-prima e metia inveja a qualquer obra de arte moderna. O detalhe em cada
momento é lindo, tudo foi pensado e os momentos em que temos que carregar no
botão correcto para acabar com os inimigos é fantástico.
Jogabilidade:8-10
Historia:9-10
Musica:10-10
Graficos: 10-10
Nota Final:8-10 Comprem, vale todos os € que gastarem, o
jogo é do melhor alguma vez feito. Mas
tem um problema, os DLCs, a forma como se tenta ganhar dinheiro é deprimente,
desde partes do jogo bloqueadas para mais tarde adicionarem conteúdos e
ganharem mais uns €, é triste o que fizeram com esta obra-prima.
É o melhor JRPG dos últimos anos, depois de 2011 ter sido um
mau ano para os JRPGs, 2012 começou com o melhor que a indústria dos videojogos
tem para oferecer.
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